Para Vilém Flusser, no texto "Nossas Imagens", as imagens devem ser explicadas, porque, como toda mediação entre o homem e o mundo, estão sujeitas a dialética interna. Elas representam o mundo para o homem, mas simultaneamente, se interpõem entre o homem e o mundo. Com a chegada da pós-história e a invenção da fotografia e da televisão "nasceu" uma nova relação da imagem com o mundo. As tecnoimagens surgiram, mas ao contrário das imagens tradicionais, não significam cenas, mas eventos. Contudo elas também não deixaram de ser imagens.
Porém, para o autor, as tecnoimagens programam em nós pensamentos pré-determinados. Cuja solução, segundo Flusser, é a formação de um quarto passo: a "tecnoimaginação". Essa é a capacidade de decifrar tecnoimagens.
A luz das conclusões retiradas desse texto, temos que analisar as perguntas produzidas no trabalho anterior sobre Flusser. Abaixo segue as perguntas e as considerações.
1) Em um livro sobre arte, que possui figuras (pinturas, por exemplo) e textos que as explicam, o que domina é a imagem ou a escrita?
Resposta: Essa relação depende do layout da página. Mas sem dúvida haverá domínio completo de eventos. A relação entre esses termos ainda estava confusa para mim apenas com o documentário anterior.
2) O desenvolvimento da teoria da existência de átomos pela ciência configurou um pensamento concebível, mas inimaginável. A ilustração desse átomo contribui para tornar essa teoria mais imaginável? Se sim, até que ponto?
Resposta: A ilustração (imagens) de átomos contribui para tornar a teoria dos átomos mais imaginável, enquanto a escrita linear a torna mais compreensível. Porém, a contribuição das imagens é limitada, pois a representa macroscopicamente, de forma que não é possível estabelecer fidedignamente as relações propostas pelo texto.
3) A utilização da mídia televisiva para a transmissão de um evento político, sem intuito de transcender à história, é então um acontecimento ou um evento?
Resposta: Essa transmissão configura-se um evento, uma vez que suas imagens são tecnoimagens produzidas por câmeras.
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