AIA - Felipe Backx

 A luz do livro "Lições de Arquitetura", de Herman Hertzberger, e de seus conceitos, deveríamos analisar um trajeto que partisse na Praça Sete, passasse pela rua dos Carijós e pela Galeria Ouvidor e findasse no Mercado Novo.  O "pirulito" da Praça Sete de Setembro possui grande potencial como forma convidativa, mas que acaba sendo aproveitado somente em situações excepcionais, como em manifestações ou celebrações, nas quais algumas pessoas sobem nos "andares" mais altos. Mas, no cotidiano, o movimento intenso desse cruzamento acaba dificultando o acesso ao obelisco e oprimindo em certo nível seu caráter convidativo.  Na rua dos Carijós é possível ver panos no chão com itens à venda. Hertzberger vai dizer que "O uso do espaço público por residentes, como se fosse 'privado', fortalece a demarcação por parte do usuário desta área aos olhos dos outros". Ou seja, os vendedores, colocando seus panos no chão e utilizando aquele lugar como privad...

  Abaixo segue a versão final do trabalho SketchUp Sensitivo.

  Nessa segunda etapa, ainda para discussão, modifiquei meu projeto. Na primeira parte do vídeo não há som, isso ocorre pelo fato de eu não ter conseguido chegar em um efeito sonoro que satisfaça minha intenção de representar/induzir felicidade, sobre o qual discutirei na aula. Abaixo segue o resultado.

  Nessa primeira etapa, foquei na produção dos espaços voltados às sensações. Na próxima etapa, irei polir a animação e a editarei em uma software especializado, adicionando som. Como a animação ficará mais fluída posteriormente, ela se encaixará no 1,5 minuto proposto.  Destarte, essa primeira versão serve para demonstrar a experiência sensorial e dar uma prévia da versão final. Abaixo segue o vídeo ainda bruto.  

  Em aula foi feito um processo introspectivo, em que pesávamos pelo menos três espaços que nos remetessem algumas emoções e, a partir da emoções elegidas, faríamos rápidos desenho (1 minuto cada) que as representação de forma abstrata. Depois faríamos outra versão de cada desenho, ainda bem abstrato, mas dessa vez com cinco minutos para cada. Abaixo segue o resultado. 2a rodada 1a rodada

  Foi proposta uma atividade em aula, com continuação pós-aula, em que deveríamos criar uma estrutura não lógica a partir de várias deformações em cubos, através do SketchUP. Após isso, imagens deveriam ser elegidas e uma animação feita, abaixo segue o meu resultado.

  Nesse trabalho, iniciado em aula, deveríamos produzir 3 desenhos perspectivados, um com um ponto de fuga, outro com dois e outro mais expressivo (cuja perspectiva vem trabalhar a favor de uma ideia/sensação).  No primeiro (1 ponto de fuga) estão sendo representas a sala e o corredor (ao fundo). No de 2 pontos de fuga está representado um canto da copa. E no último, está representado o corredor, com um ponto de fuga na linha do horizonte e outro ponto de fuga vertical, para expressar uma sensação de estranheza com o comprimento e altura do ambiente, causando desconforto.  Por causa do curto prazo e da grande quantidade de trabalhos nessa semana não tive tempo suficiente para fazer esses desenhos com a riqueza de detalhes que eu desejava, tais como texturas, mas acredito que esses satisfaçam a proposta, que creio ser de experimentar as diferentes perspectivas.

 No documentário seis pessoas foram divididas em duplas e cada par trocou de casa, passando 24 horas na residência um do outro. Inicialmente, a pessoa explorava o espaço com uma câmera e, ao final do experimento compartilhavam suas experiências e supunham como era quem morava ali. Esse documentário é ótimo, pois nos permite refletir sobre os mais diversos assuntos, como a relação entre personalidade e moradia, como a classe social, gênero e contexto de um indivíduo modifica seu lar e, assistindo hoje, permite perceber também o impacto temporal nos julgamentos que um fez para o outro.  Quando acompanhamos a exploração pelo espaço, destaca-se que cada um escolheu apontar a câmera para coisas que refletem suas personalidades. Por exemplo, quando Eliane explora a casa do Roberto, ela foca a câmera em coisas que a incomodam, como um sapato virado ou um balde com roupa suja. Ou quando Paulo (ou Mauro, não consegui descobrir quem é quem) passa muito tempo filmando coisas sobre o Atlé...

  Nesse texto, Vilém Flusser disserta sobre a relação entre objeto e obstáculo. Para ele, objetos de uso formam obstáculos e aí surge um dilema: ao mesmo tempo que objetos obstruem o caminho, necessita-se deles para prosseguir. Ademais, o autor ressalta que, com o avanço tecnológico, o objeto começou a se separar da matéria, sendo então de uso imaterial. A natureza imaterial deles faz com que sejam criados de forma mais responsável, pois o criador (designer) o elabora ao mesmo tempo que enxerga as pessoas do outro lado do objeto, tornando possível a existência de um mundo com mais liberdade.

  Na aula do dia 02/08 recebemos instruções de outros grupos para a realização de performances. As que meu grupo recebeu foram uma série de comandos, sendo a maioria subjetiva. A realização foi desafiadora, tanto para decidir o que fazer, quanto para captar com a câmera de forma que fique compreensível para quem assiste. Outro desafio foi contemplar todas as experimentações em um vídeo de no máximo 2 minutos, visto que seguimos muitos comandos. Apesar da dificuldade, acredito que a performance gerou experiências interessantes com o corpo.