No documentário seis pessoas foram divididas em duplas e cada par trocou de casa, passando 24 horas na residência um do outro. Inicialmente, a pessoa explorava o espaço com uma câmera e, ao final do experimento compartilhavam suas experiências e supunham como era quem morava ali. Esse documentário é ótimo, pois nos permite refletir sobre os mais diversos assuntos, como a relação entre personalidade e moradia, como a classe social, gênero e contexto de um indivíduo modifica seu lar e, assistindo hoje, permite perceber também o impacto temporal nos julgamentos que um fez para o outro.
Quando acompanhamos a exploração pelo espaço, destaca-se que cada um escolheu apontar a câmera para coisas que refletem suas personalidades. Por exemplo, quando Eliane explora a casa do Roberto, ela foca a câmera em coisas que a incomodam, como um sapato virado ou um balde com roupa suja. Ou quando Paulo (ou Mauro, não consegui descobrir quem é quem) passa muito tempo filmando coisas sobre o Atlético Mineiro e conteúdos pornográficos.
A dinâmica mostrada pelo documentário é um exercício de investigação e pré-conceitos. E por isso, coloca seus participantes em situações desconfortáveis, tanto no ambiente, quanto no julgamento, fazendo-os refletir sobre sua vida, sua moradia e seus pensamentos. Por isso, penso que seja uma dinâmica muito engrandecedora e termino o longa com vontade de realizá-la.
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