O percurso do meu grupo começa na Praça 7, passa pelo rua dos Carijós, rua São Paulo, parando na Galeria Ouvidor, pegando a Av. Amazonas, parando na Praça Raul Soares e entrando na Av. Olegário Maciel, findando no Mercado Novo. Os nosso pontos de interesse foram: Galeia Ouvidor, Praça Raul Soares e uma calçada na Av. Olegário Maciel.
Na Galeria Ouvidor, observa-se uma relação público-privado, em que as lojas são privadas em relação ao corredor, que é privado em relação à rua, enquanto a rua é pública em relação ao corredor, que é público em relação às lojas, fazendo com que o corredor seja um espaço semipúblico. Contudo, há uma contradição, visto que, segundo Herman Hertzberger, “a escolha de motivos arquitetônicos, sua articulação, forma e material são determinados, em parte, pelo grau de acesso exigido por um espaço” e alguns elementos arquitetônicos da galeria agem em contrapartida a essa ideia.
Logo, um local semipúblico deve ser definido e projetado como um espaço de gradação, característica deficiente no corredor da Galeria Ouvidor. Portanto, algumas mudanças na galeria teriam a capacidade de definitivamente dar ao corredor sua essência semipública, tornando a transição entre público (rua) e privado (lojas) mais fluida e a experiência dos visitantes melhor.
Portanto, retirar algumas vigas que cobrem o vão principal das fachadas, excluir as grades, substituir as escadas por rampas e mudar o piso dos andares térreo 1 e térreo 2 tornaria a transição entre espaço público e privado consideravelmente mais fluída.
As vigas, somadas às grades, formam uma barreira visual muito predominante no edifício, separando de forma bruta e repentina o espaço interno e externo. Por isso, ao retirá-las, a ideia do corredor ser um espaço semipúblico é fortalecida.
Por sua vez, a Praça Raul Soares funciona como uma rotatória muito grande. Atualmente, a fonte dessa praça encontra-se inativa, apesar de um dia já ter sido a maior atração do local, principalmente com o show de luzes. Esse foi um dos grandes motivos para a diminuição da vida comunitária nessa praça. Além disso, a pouca existência de pontos sombreados também é um grande fator que repele as pessoas de permanecerem mais tempo ali.
Por isso, nosso grupo resolveu criar intervenções para promover uma atração de pessoas e como uma maneira de reviver a vida social e comunitária que uma praça deveria ter, utilizando, para isso, conceitos de Hertzberger como forma convidativa e urdidura e trama, e fazendo uma analogia da praça como a rua: “um lugar onde o contato social entre os moradores pode ser estabelecido: como uma sala de estar comunitária”. A ativação da fonte e construção de uma estrutura em volta. Assim, cria-se um espaço com potencial para que as pessoas interajam de diferentes maneira: o contorno com altuas intercaladas é propício para que seja utilizado como um local para sentar, mas pode ser utilizado, também, por crianças para brincar; o enchimento do espaço intermediário com areia, é um local destinado, principalmente, ao público infantil, mas pode atender às diferentes idades e atividades possíveis; o local central pode ser utilizado como um palco para apresentação em eventos promovidos na Praça Raul Soares - para que isso seja possível, é necessário o desligamento da fonte, para que se possa esvaziar a água do local. As escadas foram projetadas para facilitar o acesso ao palco.
Essa estrutura pode ser utilizada de diferentes maneiras, de acordo com a interpretação de cada um, o que aumenta sua afinidade com a população (forma convidativa)
A horta comunitária seria uma estrutura que visa à complementação por parte da própria população (urdidura e trama) e a estimulação da ida à Praça, da criação de laços com outras pessoas e da união da comunidade. Desse modo, a praça volta a ser uma “sala de estar comunitária”. Como a Praça Raul Soares está em um local com fluxo intenso de automóveis, são necessárias medidas de segurança. Por isso, colocamos cercas entre os canteiros e a rua.
Outro problema apontado na Praça Raul Soares é a falta de sombras. Portanto, a fim de criar um local confortável para permanecer por um tempo mais alongado, nós propomos distribuir árvores para criar locais sombreados (“dependendo do clima, as partes ensolaradas ou as partes com sombras são mais populares”)
Na Avenida Olegário Maciel tem-se uma calçada de grande extensão, que, no entanto, não é aproveitada de forma efetiva. Nesse espaço, encontram-se apenas pequenos assentos de madeira que acabam não sendo utilizados de maneira constante pelos indivíduos que transitam e trabalham no local, dado que a falta de sombra prejudica a reunião de pessoas. Portanto, após analisarmos essa área e percebermos seu potencial atrativo, juntando com os conceitos de polivalência e forma convidativa do livro “Lições de Arquitetura” de Herman Hertzberger, foi decidido que tal espaço necessitava de algumas intervenções.
Após analisarmos a calçada, foi decidido que alguns aspectos necessitavam de mudanças. Primeiramente, como a calçada não era inteiramente linear, foi proposto seu alinhamento, dado que dessa forma, haveria um ganho de área. Ademais, para atenuar o problema de falta de sombra, foi distribuída uma maior quantidade de árvores no local, tentando fazer com que o ambiente se tornasse mais confortável para os usuários.
Além disso, se inspirando nos conceitos de Herman Hertzberger de Forma Convidativa e Polivalência, decidimos criar objetos com formas abstratas, a exemplo dos que foram desenvolvidos no início do semestre, para que cada pessoa possa usá-los de maneira individual. Esses objetos não estão fixos ao solo, o que dá maior liberdade para uma utilização criativa e diferenciada e, em um evento inaugural, eles serão pintados por artistas de rua que desejam mostrar seu trabalho de uma forma diferente, a ideia é que esse evento torne-se algo trimestral, para que a população possa vir a conhecer trabalhos variados, além de ser uma maneira de valorizar a arte de rua.
Na Avenida Olegário Maciel tem-se uma calçada de grande extensão, que, no entanto, não é aproveitada de forma efetiva. Nesse espaço, encontram-se apenas pequenos assentos de madeira que acabam não sendo utilizados de maneira constante pelos indivíduos que transitam e trabalham no local, dado que a falta de sombra prejudica a reunião de pessoas. Portanto, após analisarmos essa área e percebermos seu potencial atrativo, juntando com os conceitos de polivalência e forma convidativa do livro “Lições de Arquitetura” de Herman Hertzberger, foi decidido que tal espaço necessitava de algumas intervenções.
Após analisarmos a calçada, foi decidido que alguns aspectos necessitavam de mudanças. Primeiramente, como a calçada não era inteiramente linear, foi proposto seu alinhamento, dado que dessa forma, haveria um ganho de área. Ademais, para atenuar o problema de falta de sombra, foi distribuída uma maior quantidade de árvores no local, tentando fazer com que o ambiente se tornasse mais confortável para os usuários.
Além disso, se inspirando nos conceitos de Herman Hertzberger de Forma Convidativa e Polivalência, decidimos criar objetos com formas abstratas, a exemplo dos que foram desenvolvidos no início do semestre, para que cada pessoa possa usá-los de maneira individual. Esses objetos não estão fixos ao solo, o que dá maior liberdade para uma utilização criativa e diferenciada e, em um evento inaugural, eles serão pintados por artistas de rua que desejam mostrar seu trabalho de uma forma diferente, a ideia é que esse evento torne-se algo trimestral, para que a população possa vir a conhecer trabalhos variados, além de ser uma maneira de valorizar a arte de rua.
Através dessas modificações, espera-se que o local se torne mais atrativo e melhor utilizado pela população.
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